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Corpo de borboleta (TBI): o que é, função e sintomas de falha

Entenda o que é e qual a função do corpo de borboleta, os sinais de falha mais comuns e quando realizar limpeza, manutenção ou substituição.

corpo de borboleta

A imagem mostra um corpo de borboleta dentro do motor de um carro.

O corpo de borboleta, também conhecido pela sigla TBI (Throttle Body Injection), é uma peça essencial para o funcionamento correto do motor de um carro. Ele faz parte do sistema de admissão e controla a quantidade de ar que entra na câmara de combustão.

Embora muitos motoristas só descubram sua existência quando surge algum problema, principalmente relacionados a limpeza, entender sua função ajuda a evitar dores de cabeça e até mesmo altos custos de manutenção.

Por isso, você vai descobrir o que é o corpo de borboleta, qual sua importância e os principais sintomas de falha. Assim, poderá identificar sinais de problema com antecedência e manter seu veículo sempre em boas condições.

O que é o corpo de borboleta?

O corpo de borboleta é uma válvula posicionada na entrada do coletor de admissão, logo após o filtro de ar. Ele regula a passagem de ar que vai para dentro do motor, funcionando como uma espécie de “porta de entrada” para o processo de combustão.

Seu nome vem do formato da peça, que lembra as asas de uma borboleta quando se abre e fecha. Nos veículos mais antigos, essa abertura era controlada diretamente pelo cabo do acelerador. Já nos modelos atuais, o corpo de borboleta costuma ser eletrônico, recebendo sinais do pedal do acelerador por meio de sensores e atuadores.

Portanto, trata-se de um componente que faz a ponte entre o motorista e o motor, traduzindo a pressão exercida no acelerador em ar que entra para gerar potência.

Como funciona o corpo de borboleta?

O funcionamento é relativamente simples: ao pressionar o pedal do acelerador, a borboleta abre e permite maior passagem de ar. Esse ar se mistura ao combustível, criando a mistura ideal para a queima na câmara de combustão.

É graças a ele que o motorista consegue dosar a potência gerada, já que quanto mais a borboleta abre, maior é o fluxo de ar admitido.

Ao dosar o ar corretamente, o motor consegue trabalhar de maneira mais limpa, reduzindo poluentes. Até mesmo a marcha lenta depende do corpo de borboleta, já que a abertura mínima da válvula mantém o motor funcionando sem que o carro se mova.

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Além disso, essa regulação contribui para a eficiência no consumo de combustível, pois garante que a mistura com o combustível aconteça de forma equilibrada.

Nos carros modernos, a unidade de comando eletrônico (ECU) é responsável por calcular a quantidade exata de ar e combustível que deve ser enviada ao motor. Para isso, leva em conta informações de sensores, como o sensor MAP, sensor de posição da borboleta (TPS) e até mesmo a sonda lambda.

Dessa forma, o corpo de borboleta atua em conjunto com todo o sistema de injeção eletrônica, garantindo equilíbrio entre desempenho, consumo e emissões de poluentes.

Sintomas de problemas no corpo de borboleta

O desgaste natural, a sujeira acumulada e até falhas eletrônicas podem afetar o corpo de borboleta. Reconhecer os sinais é essencial para agir antes que o problema evolua.

Entre os sintomas mais comuns, destacam-se:

  • Oscilações na marcha lenta: o motor pode apresentar falhas acelerando e desacelerando sozinho, sem que o motorista pressione o pedal.
  • Perda de potência: quando a borboleta não abre corretamente, o carro pode ter dificuldade em ganhar velocidade.
  • Aumento no consumo de combustível: se a mistura ar/combustível fica desregulada, o consumo tende a subir.
  • Luz da injeção acesa no painel: falhas no sensor de posição da borboleta ou no atuador fazem a ECU registrar erros.
  • Dificuldade de partida: em alguns casos, o excesso ou a falta de ar prejudicam o funcionamento inicial do motor.

É importante destacar que esses sintomas podem se confundir com outros problemas do sistema de injeção. Por isso, o diagnóstico correto deve ser feito por um profissional com scanner automotivo.

Manutenção e limpeza do corpo de borboleta

Uma das principais causas de falha no TBI é o acúmulo de sujeira proveniente do ar admitido e dos vapores de óleo do motor. Com o tempo, essa camada de resíduos prejudica a abertura e o fechamento da válvula, o que pode levar a falhas de funcionamento.

A limpeza do corpo de borboleta é uma prática importante e pode ser feita de maneira preventiva, geralmente a cada 20 a 30 mil quilômetros, dependendo da qualidade do combustível e das condições de uso. Já quando o carro apresenta sintomas claros de falha, o procedimento passa a ser corretivo, resolvendo problemas já instalados.

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Como é feita a limpeza

Normalmente, a limpeza do corpo de borboleta é feita com o uso de produtos descarbonizantes específicos aplicados diretamente na peça, após a remoção do duto de admissão. O mecânico utiliza pincéis ou panos apropriados para retirar o acúmulo de óleo e sujeira sem danificar os sensores.

Além disso, a peça pode ser desmontada para uma higienização mais completa. Já em veículos com corpo de borboleta eletrônico, é essencial tomar cuidado para não afetar os componentes internos e, ao final, realizar a reprogramação ou adaptação eletrônica da ECU, garantindo que o motor volte a funcionar de maneira correta.

Como aumentar a vida útil

Apesar de ser um componente robusto, alguns cuidados prolongam a vida útil do corpo de borboleta. O uso de combustível de boa qualidade, por exemplo, ajuda a reduzir o acúmulo de resíduos. Outro ponto essencial é manter o filtro de ar em dia, evitando que partículas de sujeira cheguem até o sistema de admissão.

Também vale a pena realizar revisões periódicas e dar atenção especial às condições de uso. Carros que circulam frequentemente em estradas de terra ou locais com muita poeira precisam de manutenção preventiva mais frequente. Com essas medidas simples, é possível evitar falhas e manter o motor funcionando de forma eficiente.

Conclusão

O corpo de borboleta (TBI) é uma peça pequena, mas com grande impacto no desempenho e na economia do carro. Ele controla a entrada de ar no motor, garantindo a mistura correta para a combustão.

Quando apresenta falhas, os sintomas vão desde oscilações na marcha lenta até perda de potência e aumento de consumo. Felizmente, a manutenção preventiva, como a limpeza e a troca do filtro de ar, ajuda a evitar problemas maiores.

Portanto, se notar qualquer alteração no funcionamento do seu carro, procure um mecânico de confiança.

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